Decanato de Extensão investe R$ 900 mil em bolsistas

novembro 19, 2009 às 3:54 pm | Publicado em Notícias | 1 Comentário
Tags: , , , ,

(SECOM – UnB) Valor é 48% maior do que em 2008. Número de projetos de extensão também cresceu: de 150 para 201, um aumento de mais de 30%
Carolina Vicentin – Da Secretaria de Comunicação da UnB

A extensão é a atividade-fim da universidade que leva o conhecimento de professores e pesquisadores à população. Para que essa meta seja realizada, é preciso investir em programas, cursos, bolsistas. Em 2009, a extensão da Universidade de Brasília acumulou resultados positivos, a começar pelo pagamento dos estudantes envolvidos em projetos. O valor destinado a bolsas aumentou 48% em relação ao ano passado. Com R$ 900 mil, a gestão de José Geraldo de Sousa Junior financiou o aprendizado de 312 alunos do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (Pibex). O Reuni, o plano de reestruturação das universidades federais, também incrementou o contingente de bolsistas – 63 universitários passaram a receber a mesma bolsa do Pibex, de R$ 300 mensais.
A diretora Técnica de Extensão, Jeane Rotta, explica que o aumento do recurso – no ano passado, foram 609 mil para o mesmo fim – possibilitou pagamento mais equânime aos bolsistas. “Em 2008, tínhamos bolsas com duração de quatro e 10 meses. Este ano, todas são de oito meses”, detalha. “Queremos todas as bolsas de 10 meses a partir do ano que vem. Nossa meta é igualar o Pibex ao Pibic (programa de iniciação científica), que tem 12 meses”, avisa o decano de Extensão, Wellington Almeida.
O decanato também modificou a forma de seleção dos bolsistas. Até o ano passado, a escolha era feita por uma equipe do DEX, que levava em consideração lista encaminhada pelo coordenador do projeto e o Índice de Rendimento Acadêmicos (IRA) dos estudantes. Agora, o professor faz a escolha dos alunos que irão desenvolver o trabalho. “O docente tem mais sabedoria para definir quem se adequa à função”, aposta a professora Jeane Rotta. Para Gustavo Pereira Martins, do 8º semestre de Veterinária, o novo sistema favorece atividades especializadas. “O IRA se refere ao desempenho geral, não mede a capacidade na área específica do projeto. Claro que o esquema de seleção não pode virar QI, mas penso que o benefício excede o risco”, opina.
BOOM DE PROJETOS – Até setembro deste ano, a administração conseguiu subir de 150 para 201 o número de projetos de extensão de ação contínua cadastrados.  O Centro Interdisciplinar de Formação Continuada (Interfoco), vinculado ao DEX, realizou 351 cursos de extensão, para 4.936 pessoas. Esse número deve mais que dobrar até o final do ano. Apenas o Programa de Gestão da Aprendizagem Escolar (Gestar II) vai formar 4,7 mil educadores pelo Interfoco.
A IX Semana de Extensão – o maior evento da UnB para a comunidade – atingiu público recorde de 22 mil pessoas, quase o dobro do ano passado. A população participou de 400 atividades, entre palestras, oficinas, exposições e debates. Do total de envolvidos, 77,23% nunca tinham participado da semana. “O evento cumpriu com o objetivo da extensão. Tivemos foco na sustentabilidade, com a tenda principal montada com bambus e o uso de sacolas de algodão”, lembra a professora Jeane Rotta.
Agora, uma das prioridades da Diretoria Técnica de Extensão é a retomada das ações nos núcleos da UnB em cidades do DF. Em 2009, houve queda de 86% no número de atendimentos em São Sebastião e Brazlândia. “É o meu desafio para 2010. Precisamos entender melhor a demanda dessas cidades e fortalecer os laços com as comunidades”, diz Jeane.
O Decanato de Extensão também pretende aumentar o fomento institucional aos projetos de ação contínua. “É o único apoio que eu tenho. Os órgãos de fomento não têm o olhar voltado para a extensão”, conta a professora Nancy Alessio Magalhães, responsável pela iniciativa Abrigos da Memória na região de Brasília, que registra as lembranças de grupos sociais comumente esquecidos nos livros.
Outra meta da gestão é garantir que os cursos do Interfoco sejam gratuitos, exceto os que são bancados por instituições e governo. O decano Wellington Almeida destaca ainda o trabalho para garantir a integralização de até 10% dos créditos em atividades de extensão. “Mas esse é um longo processo, estamos trabalhando para implantar nos currículos dos novos cursos, que estão em construção. A mudança não pode ser impositiva, é preciso envolver todos no debate”, diz ele.

Blog no WordPress.com.
Entries e comentários feeds.